Despedida
É possível que dentro em pouco os meus olhos se fechem,
que a noite chegue,
e eu nada veja mais por detrás destas pálpebras.
Ruas por onde andei, céus e paisagens de não sei onde,
vozes de todos os timbres, espíritos de todos os povos,
almas transmigradas, almas múltiplas, almas de todas as épocas:
por que rola esta lágrima na minha face?
(Emílio Moura)
Rola! Porque descobrir o quanto o mundo e as pessoas são cruéis dói. Porque durante muito tempo eu busquei algo, que agora se vai por entre meus dedos como areia. Porque é assustador não saber de onde tirar as forças, apesar de saber que elas estão por perto. Tão perto, que é possível sentir. Tão longe, que não consigo segura-las.
Rola, porque despedir-se, algumas vezes, é necessário. E a despedida nem sempre é o meu querer. Mas rola, principalmente, pelo meu não querer.
Muitas descobertas, muitas mudanças pela frente. Esse é o meu querer de hoje. O amanhã a gente pinta.
Blog de cara nova (hum...!) e espero vir aqui mais vezes.
Sem mais.
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