Cérebro Eletrônico

O cérebro eletrônico faz tudo / faz quase tudo / mas ele é mudo / o cérebro eletrônico comanda / manda e desmanda / ele é quem manda / mas ele não anda / só eu posso pensar / se Deus existe / só eu posso chorar / quando estou triste / só eu / eu cá com meus botões / de carne e osso / eu falo e ouço / eu penso e posso/ eu posso decidir / se vivo ou morro por que / porque sou vivo / vivo pra cachorro

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Location: Rio de Janeiro, Brazil

Beirando a crise dos vinte e poucos anos, com uma infinidade de sonhos, planos, dúvidas e uma estrada pela frente que dá voltas no infinito. Numa eterna busca por respostas e pela compreensão.

Wednesday, April 26, 2006

Quero música: dançar, ouvir, sentir. Quero beijo: tocar, morder, sentir. Quero conversa: desabafar, ouvir, sentir. Quero gargalhadas: ficar leve, divertir, sentir. Quero noites enluaradas: brisa, beleza, sentir. Quero rosas vermelhas. Óleo de banho. Abraço. Sussurro. Mãos. Perfume. Sentir. Quero deitar sem hora pra levantar. Quero fondue de chocolate (rs). Quero short e chinelo havaianas. Quero carro em alta velocidade com vidros abertos e som alto. Quero pensar menos, fazer mais. Sentir. Quero quem cuide mais. Quero sentar na areia e ver as estrelas. Quero verde, azul e vermelho. Quero cantar. Correr, andar de bicicleta. Licor de menta. Luzes apagadas, velas acesas. Piscina. Água morna. Cheiro de comida gostosa.
Dança comigo? Me faz bem? Me leva pra dar uma volta? Me faz rir? Me tira desse caos?
Quero me cansar menos, quero menos pessoas cansadas. Quero vida. Sentir!

[Estudando muito, pensando muito, cansada, mas doida por querer.]

Friday, April 14, 2006

Hoje eu não quero me "preocupar com as rimas". Apenas preciso cuspir o que está aqui dentro. Acabei de chegar da Lapa (fui ver a encenação da paixão de cristo). Estava bem, aliás meu dia foi muito bom... pq há muito eu não tinha tempo de ficar juntinho da minha mãezinha. No caminho de volta (estava sozinha) vim cantando "românticos" curtindo aquelas pistas escuras e mal sinalizadas da Av. Brasil. Cheguei em casa, e de repente... um sentimento estranho... é como se eu tivesse tudo e nada ao mesmo tempo... como se estivesse andando em círculos. Acho que um medo. Medo de que as coisas não dêem certo, medo de perder as pessoas que eu amo. Medo da solidão. Medo de encarar o mundo. Então me vem um cansaço... um esgotamento. Eu queria fechar os olhos e ter um descanso muito profundo. Eu senti falta de tantas coisas hj... principalmente falta da fé que eu tanto tinha, e que atualmente eu tenho deixado um pouco em segundo plano. Estou perdida... tentando reencontrar minha espiritualidade, minha fé. Tentando me reencontrar. Saudades de tantas coisas... expectativa por outras. Será que eu acho o que eu procuro? Será... tantas perguntas me invadem...
Não quero que você entenda o que estou sentindo, pq nem eu mesma entendo... Encare como um simples desabafo.... amanhã estarei melhor (assim espero...).

Sunday, April 09, 2006

Lembro-me de todas as pessoas que passaram pela minha vida. Algumas com a mesma velocidade com que os carros estão passando ao meu lado. Na janela de um ônibus, com o vento despenteando meus cabelos, lembro-me das minhas conquistas e de como elas me fizeram amadurecer e valorizar mais a vida. Lembro-me de quantas oportunidades bateram à minha porta e eu as deixei ir, talvez por medo de tentar... talvez porque estivesse ocupada demais (mesmo com coisas ou pessoas inúteis). Lembro-me dos meus amigos. Alguns não eram tão amigos assim, outros foram tão importantes para mim, mas por um tempo limitado, outros ainda me acompanham. Agora, tenho novos amigos. Lembro-me dos meus amores. Puxa, tantos... não amores, paixões! Amor, talvez um. Pessoas entraram e saíram da minha vida levando muito de mim, levando o que tenho de mais precioso: o meu respeito e o meu carinho. Infelizmente não me deixaram nada. Outros me deixaram a vida e levaram talvez uma lágrima sufocada. Chorei, sofri, fiz chorar, fiz sofrer. Me recuperei e comecei tudo de novo. Cansei, desisti, enxerguei um olhar e voltei a sonhar. [ Então me questiono sobre o poder que detalhes pequenos têm de transformar o meu dia, seja pra melhor, seja pra pior]. Lembro-me das besteiras que fiz, dos erros que cometi e dos (poucos) porres que tomei na vida. Felizmente, alguns deles me rendem boas risadas hoje. Lembro das brigas, das discussões (hoje mesmo tive uma...) e lembro também do alívio de fazer as pazes, de pedir desculpas e de desculpar. Poderia dizer tantas outras coisas que me invadem a mente dentro do ônibus. Mas não se faz necesário, porque já sinto a dinâmica da vida. [...] Já sinto que em pouco tempo de vida, eu tive erros e acertos. Perdi e ganhei pessoas. Cresci e amadureci. E a estrada ainda é longa, demais.